Bebi amor em goles seguidos, em shots ardentes, em drinks irrecusáveis. A ressaca bateu forte. Acordei e me doía tudo, lembranças violentas. A amnésia esperada não aconteceu, memórias vinham me sacudir trazendo a tona tudo que eu queria esquecer. O cheiro leve de um amor qualquer me fazia estremecer, náuseas de saturação. Tentei vomitar, não consegui, nada saía. Tudo dentro, inexplicavelmente dentro e fazendo uma bagunça inimaginável. Como qualquer pós-bêbado, jurei nunca mais embriagar-me. Jurei passar longe de taças e qualquer pequeno amontoado de sentimento engarrafado.
Passado o trauma (não por completo, nunca é), optei por entregar-me ao prazeres óbvios. Um pouquinho de instinto e luxúria pra consolidar minha renúncia provisória ao amor. Noites curtas de uma longevidade bem aproveitada. O que eu precisava era de um pouquinho de transgressão. Jovem demais pra fingir e não há quem me contradiga: primeiro há de perder-se para, então, encontrar-se. Perdi-me em primeira classe, 5 estrelas. A sentença de liberdade perpétua me confortou, oásis. Embriaguei-me de desapego e devo dizer: o gosto desceu doce. Fácil.
Não era falseamento, não. Muito menos auto sabotagem. Era eu sendo feliz do jeito mais egoísta já visto. Era eu me amando de um amor com devoção absoluta. Era eu sendo fiel à uma felicidade tranquila, independente, individualista. Era eu cumprindo cada promessa feita à mim mesma, revigorando os laços comigo. Aproveitando essa licença privada sorri alto, dancei indiscretamente, acordei arrependida, extravasei. Foi bom, fez bem.
Esse impulso de auto adoração se espalhou em mim numa rapidez inexplicável enquanto eu ia vivendo dias de permissividade quase absoluta. Despercebidamente virei adepta da Lei de Talião e apresentei a ressaca de amor à alguns corações. Mas juro, não foi minha intenção. Minhas intenções não eram as melhores, mas não eram perversas, nunca foram. Minha intenção era ser feliz, intensamente. E eu fui. Se fui!
Trepidantes noites (dias ou tardes) de felicidade irresponsável. Mas achei também, entre tanto barulho, o meu sossego e tive uma paz excêntrica, calma-agitada. Entrei na ciranda no seu rodopio veloz. Acompanhei o ritmo incansavelmente. Mas até o incansável cansa e me faltou o fôlego. Sentei pra descansar e você chegou. Me ofereceu um copo com um sorriso despretensioso e eu arrisquei: é uma dose só. Por que não?
Esqueci então que é de dose em dose que nasce a ressaca.
bom, entrei no meu fotolog e primeiro me deparei com a foto linda que a dane havia postado e resolvi ver as excêntricas criatividades que essa minha amiga tem, que são maravilhosas por sinal!
li, reli e amei (: ae pedi permissão para poder postar aqui pra vocês ! permissão concebida, rs
se vocês ficaram interessados em conhece-la ae esta o Fotolog , e o Orkut dessa diva *-*
entrem, tem muita coisa legal s2
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